Por Charles F. Almeida e Pedro Revillion
A cobertura jornalística do cotidiano da cidade de Porto Alegre começou cedo no dia 23 de maio de 2013. A partir das 4h40min, em protesto, os funcionários da Companhia Carris Porto-Alegrense – maior empresa de transporte coletivo urbano da cidade – impediram a saída dos ônibus da garagem.
A partir das 6h31 (horário da primeira matéria publicada no site de Zero Hora) os jornais locais reportaram os desdobramentos do protesto. A cobertura jornalística pelos veículos da capital nos motivou algumas questões que pretendemos abordar neste trabalho. Nosso ponto de partida é como, a partir de textos e imagens, o acontecimento da sexta-feira foi contado pelos jornais aos leitores. Limitamos o material analisado aos conteúdos web e impresso dos jornais Correio do Povo e Zero Hora e aos textos do site de notícias Sul21.com.br. Os impressos foram escolhidos por terem realizado tanto cobertura para seus sites quando para o produto impresso – além de serem os de maior circulação no RS; optamos também pelo site Sul21, veículo que tem se notabilizado por coberturas com outro ângulo em relação dois primeiros, e que não tem correspondente impresso.
O material analisado compreende duas notícias publicadas no site Sul21, seis notícias do site de Zero Hora e quatro do site do Correio do Povo, além de uma matéria e um comentário do impresso de Zero Hora e uma chamada de capa e uma matéria do impresso do Correio do Povo. Também foram incluídos álbuns de fotos publicados nesses sites. Esta tentativa de crítica da prática jornalística volta-se à cobertura do acontecimento realizada pelos jornais, enfocando elementos como título, imagens e participação das fontes, em diálogo com aportes teóricos que ajudem nessa compreensão. Não tendo, portanto, o objetivo de fazer juízo de valor sobre as coberturas jornalísticas. Apontam-se questões para reflexão.
Textos – Debates, polêmicas e fatos: o que nos dizem os jornais
“O acontecimento opera uma ruptura inesperada na ordem das coisas” (REBELO, 2005, p.17). Para tanto, o potencial de acontecimento de um evento está relacionado à atualidade (nosso tempo e nosso espaço); à relevância (ruptura no ‘quadro experiencial’); e à pregnância (a retorno à ordem das coisas, já modificada). A ação de narrar algo que se passou a si ou a alguém está ligado à busca pelo sentido do acontecimento, de maneira a suspender a indeterminação que provoca. Assim, uma ruptura na rotina da vida social como o protesto dos trabalhadores da Carris pode ser lida como acontecimento, ao produz uma ruptura na ordem das coisas do cotidiano, instala uma busca por sentido, além de ser atual em tempo e espaço. Algo que precisa ser narrado e que é potencialmente um revelador de intrigas, de regiões não resolvidas da vida social.
Os veículos de imprensa, através de imbricados processos de produção, fazem a ponte entre acontecimento e debate público. O jornalismo, cuja matéria-prima são os acontecimento, exerce um papel importante para elevação de um evento ao debate público e se configura como uma das arenas onde esse debate é travado. Atua, em certo sentido, como escreveu Alsina: “o processo da comunicação como sendo uma atividade socialmente legitimada, para gerar construções da realidade socialmente relevantes” (2009, p.20).
A construção da paralisação dos trabalhadores da Carris como acontecimento jornalístico chama atenção para duas tendências diferentes e relacionadas entre si. Os jornais narram o acontecimento (quando tendem a dizer “o que aconteceu” ou “está acontecendo”) e atuam como arena de debate público (quanto “dizer o que aconteceu” está a serviço de apontar intrigas), em que as problemáticas relacionadas aos acontecimentos são apresentadas e debatidas. Essas ações no conjunto tentam dar um sentido ao acontecimento.
A série de notícias do site de Zero Hora intercala as tendências apontadas. Como podemos observar nos títulos da matérias, o jornal narra “Funcionários da Carris bloqueiam saída de ônibus na garagem da empresa em Porto Alegre” e recebe o debate “Presidente da EPTC classifica de ‘baderneiros’ funcionários da Carris paralisados na manhã desta sexta-feira”; narra “Garagem da Carris é desbloqueada e ônibus começam a rodar em Porto Alegre”, recebe o debate “Manifestação na Capital – Vereadora Sofia Cavedon usa o Twitter para defender reivindicações de rodoviários da Carris” e “Vida Urgente critica a recusa dos rodoviários em usar o cinto de segurança”; e conclui “Prefeitura e rodoviários chegam a acordo e horários dos ônibus voltam ao normal”.
No conteúdo impresso, em um breve comentário de Rosane de Oliveira na coluna Página 10, é avaliado o desempenho público dos parlamentares de parlamentares do Partido dos Trabalhadores (PT) no desdobramento dos fatos. Trata-se aqui de um aspecto avaliativo sobre personagens que agiram no caso. Na coluna, contudo, não se discute o assunto e sim o “jogo” dos políticos. Na matéria de página inteira intitulada “Ônibus parados – Carris vive tensão pré-BRT”, o debate público entre trabalhadores, usuários e gestores, e as problemáticas ligadas ao transporte (definidas por Zero Hora – BRT; balanço financeiro; preço da tarifa; gratuidades; licitação; não se fala em qualidade do transporte, atrasos, filas, lotações) ilustram o sentido dado pelo jornal ao acontecimento: as tensões criadas pelas transformações que passará o transporte público na cidade geraram o protesto. O evento fica subjacente ao contexto.
O conteúdo online do Correio do Povo também tende a mesclar os dois papéis do jornalismo. O faz, porém, no interior das matérias. Ao mesmo tempo em que as notícias sucessivas acompanham os desdobramentos dos acontecimentos (portões fechados; serviço prejudicado; ônibus voltam a circular; prefeitura determina o retorno ao trabalho; e ônibus circulam normalmente), são apresentadas posições relativas às reivindicações dos trabalhadores.
Como arenas de debates, os textos trazem primeiramente a posição da prefeitura, antes mesmo de dizer “o que querem os manifestantes”. A pauta dos grevistas está no intertítulo “Justificativas para a manifestação” (repetido nas quatro matérias), que, inicialmente, traz apenas uma das pautas dos trabalhadores relativa à utilização do cinto de segurança (os trabalhadores querem ser dispensados de utilizá-lo), reivindicação que gerou mais polêmica. Somente na quarta e última matéria um trabalhador tem lugar de fala. Claramente são privilegiados os posicionamentos dos administradores, não havendo um debate em condições sequer similares. Chamou atenção a posição dada pelo jornal à Brigada Militar, que aparece como participante ativo do acontecimento narrado, diferentemente dos outros veículos. Esse aspecto mostra que a paralisação como acontecimento, para o Correio, diz respeito a fatos pontuais e não às intrigas que o acontecimento revela, podendo, ainda, ser interpretado como questão policial.
No conteúdo impresso, com a manchete de capa “Caos no transporte – Protesto e neblina complicam vida de Porto Alegre”, o jornal traz uma foto de trabalhadores com legenda sobre a ação da Brigada Militar no local. Nada sobre os motivos da paralisação. Para mostrar a relação da cidade com seu transporte apresentada pela manchete, o diário associa dois problemas de natureza diferente: a neblina do aeroporto e a mobilização dos trabalhadores. No miolo do jornal, a matéria de 2/3 de página intitulada “Protesto da Carris atinge 150 mil” não coloca as motivações dos servidores para a greve. Apenas um item é citado (a liberação do uso do cinto), o que é “esclarecido” pelo presidente da EPTC, com referência ao Código Brasileiro de Trânsito, tornando sem sentido a manifestação. O texto narra a situação dos usuários prejudicados e as cenas do protesto, focando a presença da Brigada Militar, como espécie de mediadora do conflito. Pelo que narra o Correio, não parece haver razões plausíveis para a mobilização, fora trazer transtornos aos usuários.
O Sul21 publica a primeira matéria no meio da manhã às 9h27min (os outros dois veículos acompanhavam desde as 6h31min a Zero Hora e 7h20min o Correio). O site edita o conteúdo de Zero Hora e do Correio do Povo. Em “Funcionários da Carris bloqueiam saída de ônibus na garagem da empresa”, já no lead são apresentadas as razões que motivaram o protesto, o que segue pelo segundo parágrafo. O presidente da empresa aparece no terceiro parágrafo. Ele “classifica” como absurda a reivindicação relativa ao cinto de segurança e “confirma” a abrangência do protesto: seis dos 356 veículos saíram da garagem. O texto é encerrado pela informação de que a Carris chamaria a Brigada Militar e a Polícia Federal, o Ministério Público e a Delegacia do Trabalho. Há uma tendência mais clara em narrar explicando razões e contrarrazões da mobilização, sem aprofundar nas questões.
A segunda matéria do Sul21 sai no fim da tarde (17h43min), com o título “Carris: paralisação expõe problemas do transporte público de Porto Alegre”. A matéria, que é dividida por intertítulos: “Funcionários denunciam que número de CCs na Carris triplicou nos últimos anos”; e “Gestores municipais relacionam dificuldades da Carris com necessidade de reajuste tarifário”, traz um debate com três esferas envolvidas no acontecimento. Os usuários (há fala de uma usuária e a retomada de outros fatos desenvolvidos pelos usuários), que estão insatisfeitos com o serviço; os trabalhadores, que justificam suas ações, reivindicam e denunciam. E os administradores (vice-prefeito e diretores-presidentes da Carris e da EPTC), que explicam, desmente, tranquilizam. A matéria atua como espaço para que esses agentes debatam. A falta de um foi condutor entre os temas debatidos, contudo, causa uma certa confusão na leitura. O contar a história do repórter não consegue indicar a dimensão que cada tópico discutido deve ter.
Podemos, assim, compreender o protesto como um “acontecimento noticioso de rotina”, ou seja, fato realizado intencionalmente, em que as pessoas que se encarregam dos acontecimentos são idênticas àquelas que os promovem em acontecimentos (MOLOTCH; LESTER, 1974, apud TRAQUINA, 2003, p.139). O que não quer dizer que sejam os únicos agentes das matérias. Para colocar as coisas em discussão pública é preciso “fazer acontecer”, tornando socialmente amplo os temas que circulam em fóruns restritos. Assim, os trabalhadores da Carris realizaram um ato para que temas de seu interesse fossem objeto de discussão, não tendo controle, contudo, dos efeitos em termos de disputa discursiva que o ato traz.
A reflexão subjacente a este texto relacionando o conceito de acontecimento e a cobertura jornalística, no âmbito da crítica das práticas, penso, parte do princípio de que ao jornalista é preciso ter em mente essas relações para pensar a cobertura do “fato” como possível de outras abordagens, igualmente válidas. Repensar o fazer jornalístico em termos de acontecimento e narrativa possibilita uma melhor compreensão do papel desempenhado pelo jornalista no dia a dia. Seus conteúdos devem refletir a diversidade de problemas e posições envolvidas de maneira a fomentar o debate das questões.
Imagens – Análise das imagens da cobertura (impressa e online) da Greve dos rodoviários da Carris nos jornais Correio do Povo, Zero Hora e Sul 21
Análise das imagens online e impresso no jornal Zero Hora.
O jornal Zero Hora é o único da Capital que possui um fotojornalista de plantão 24 horas por dia, portanto, é comum que esteja presente em pautas que ocorrem a qualquer horário. Quando o fato ocorre na madrugada, o periódico é o único que consegue realizar a cobertura fotojornalística do ocorrido. No caso da paralisação dos rodoviários da Carris a movimentação começou cedo, e o fotojornalista de plantão na madrugada, Tadeu Vilani, foi o primeiro profissional a chegar no local. Nas fotografias publicadas no site, pode se notar apenas um registro da situação, fotos com ângulos repetidos, onde mostrava um pequeno grupo de pessoas que se concentrava em frente à garagem da companhia, demonstrando o que parecia ser o início da grave. As fotos publicadas do fotógrafo não possuem nenhuma técnica apurada, como já dito antes, são puramente um registro da cena, para situar o leitor do acontecido.
Às sete horas da manhã, horário em que acontece a troca de turno entre os fotojornalistas da Zero Hora, o primeiro a entrar na redação, o fotógrafo Ronaldo Bernardi, foi deslocado para a manifestação dos rodoviários. Em situações como essa, é comum o jornal se utilizar de mais de um fotógrafo no local, e para isso, o fotógrafo do Diário Gaúcho, Marcelo Oliveira, também foi deslocado para a manifestação e colaborou no envio das fotos. As fotos que não são dos fotógrafos da Zero Hora, são raramente usadas na edição impressa do jornal, elas são utilizadas com mais frequência na cobertura online do evento. Isso não é uma regra, mas há uma preferência por se utilizar fotos dos profissionais do jornal na versão impressa.
No início da manhã, a paralisação já afetava boa parte dos usuários das linhas da Carris, e a notícia ganhava uma maior dimensão. Os funcionários da companhia já estavam em grande número protestando em frente à garagem. A cobertura realizada pelos fotógrafos do grupo RBS pode ser considerada normal. As fotos publicadas de Ronaldo Bernardi, no site e no jornal do dia seguinte, tendem a mostrar a ação da Brigada Militar que agiu no local para conter possíveis manifestações mais ríspidas e para liberar a saída dos ônibus. As imagens sempre têm como plano principal um grupo de policiais e o contexto no plano geral. Analisando as fotos tecnicamente, elas foram feitas sempre com uma lente grande angular e pouquíssima variação de ângulos e abordagens. Já a cobertura do fotógrafo Marcelo Oliveira, que foi publicada no site, mostra uma abordagem mais voltada na ambientação do cenário, mostrando os manifestantes e as eventuais saídas dos ônibus das garagens, para justamente se alinhar ao texto publicado, que dizia que os ônibus já estavam saindo da garagem para cumprirem suas rotas. A abordagem do fotógrafo privilegiou uma lente tele-objetiva, justamente para contextualizar os manifestantes e a fachada da garagem onde os ônibus estavam saindo. Um fato acontecido na cobertura das manifestações e cada vez mais corriqueiro, é que o site se utilizou de imagens feitas com o celular por repórteres de rádio e jornal: neste dia foi publicada uma foto de um repórter da rádio Gaúcha mostrando um ônibus lotado de pessoas. Se um fotojornalista estivesse no local, esse cenário poderia ter sido melhor explorado e imagens com maior impacto poderiam ter sido capturadas. Inclusive, uma cobertura com essa abordagem (que apresenta o lado dos passageiros) já ocorreu inúmeras vezes em situações semelhantes, desta vez, no entanto, foi deixada de lado.
Análise das imagens online e impresso no jornal Correio do Povo
O jornal Correio do Povo não possui um plantão de madrugada, portanto, a cobertura do protesto dos rodoviários começou quando os primeiros profissionais chegam ao jornal, às 7 horas da manhã e, neste dia, quem estava no primeiro horário era o fotojornalista Vinícius Roratto. A cobertura realizada pelo fotógrafo não destoa muito da realizada pelos profissionais do jornal Zero Hora, porém apresenta algumas características diferentes. O Correio do Povo, em seu site, priorizou a publicação de imagens que mostrassem todo o protesto. Desta forma, foram publicadas fotos de alguma tensão entre os rodoviários (o que na cobertura da Zero Hora não aconteceu), fotos da ação da brigada militar, e fotos de cenas ocorridas na manifestação. A edição do portal de notícias também se preocupou em retratar as pessoas afetadas, apesar de a fotografia não evidenciar filas ou transtornos, ela foi feita e publicada. Essa imagem serviu para entrar na narrativa fotográfica do fato, que foi bem explorada pelo fotógrafo e pelo portal de notícias.
A versão impressa do jornal Correio do Povo foi a única analisada que trouxe a notícia da paralisação na capa, com uma foto destacada. Porém, algo incomum em uma edição impressa ocorreu. A mesma foto da capa estava na página interna, um erro que no jornalismo impresso não ocorre com frequência. Analisando as imagens de uma maneira mais técnica, o fotógrafo explorou ângulos mais abertos, contextualizando o ambiente e, assim como o fotógrafo Marcelo Oliveira, se utilizou de uma lente tele-objetiva para comprimir os atores na foto, trazendo informação e harmonia entre os elementos fotográficos.
Análise das imagens online no jornal Sul21
O jornal Sul21 é um portal de notícias e sua única foto publicada sobre o assunto é a do fotografo Bernardo Jardim, para a qual ele se utilizou de uma lente tele-objetiva para explicitar os grevistas e um ônibus da companhia Carris que tinha sido liberado para realizar sua rota. A foto ilustra a situação, mas não demonstra o processo que ocorreu durante a madrugada e a manhã. Talvez, e isso é uma suposição de quem está analisando, o fotógrafo tenha sido enviado para a pauta mais tarde na manhã, quando a greve já estaria se dispersando, fazendo com que cobertura não rendesse material suficiente para uma galeria de fotos no site.
Referências Bibliográficas:
ALSINA, Miquel Rodrigo. A construção da notícia. Petrópolis: Vozes, 2009.
REBELO, José. Prolengômenos à Narrativa Midiática do Acontecimento. In: Trajectos, Lisboa, n. 6, 2005.
TRAQUINA, N.. A problemática da AIDS: acontecimentos, notícias e ‘estórias’. In: TRAQUINA, N.. O estudo do jornalismo no século XX. São Leopoldo: Ed. Unisinos, 2003.
Conteúdos dos sites. Foi utilizada a palavra-chave “carris” para localizar as matérias.
Zero Hora:
24/05/2013 | 06h31 Atualizada em 24/05/2013 | 08h25: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/transito/noticia/2013/05/funcionarios-da-carris-bloqueiam-saida-de-onibus-na-garagem-da-empresa-em-porto-alegre-4148186.html
24/05/2013 | 09h11 Atualizada em 24/05/2013 | 13h32: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/transito/noticia/2013/05/garagem-da-carris-e-desbloqueada-e-onibus-comecam-a-rodar-em-porto-alegre-4148226.html
4/05/2013 | 10h59: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/transito/noticia/2013/05/vereadora-sofia-cavedon-usa-o-twitter-para-defender-reivindicacoes-de-rodoviarios-da-carris-4148297.html
24/05/2013 | 13h35: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/transito/noticia/2013/05/vida-urgente-critica-a-recusa-dos-rodoviarios-em-usar-o-cinto-de-seguranca-4148379.html
24/05/2013 | 14h24: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/transito/noticia/2013/05/prefeitura-e-rodoviarios-chegam-a-acordo-e-horarios-dos-onibus-voltam-ao-normal-4148398.html
Sul21
24/05/13 | 09:27: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/05/funcionarios-da-carris-bloqueiam-saida-de-onibus-na-garagem-da-empresa-em-porto-alegre/
24/05/13 | 17:43 http://www.sul21.com.br/jornal/2013/05/paralisacao-da-carris-expoe-problemas-do-transporte-publico-da-capital/
Correio do povo
24/05/2013 07:20 – Atualizado em 24/05/2013 08:23: http://portallw.correiodopovo.com.br/Noticias/?Noticia=499289
24/05/2013 09:20 – Atualizado em 24/05/2013 12:17: http://portallw.correiodopovo.com.br/Noticias/?Noticia=499298
24/05/2013 12:46 – Atualizado em 24/05/2013 13:39: http://portallw.correiodopovo.com.br/Noticias/?Noticia=499320
24/05/2013 13:45 – Atualizado em 24/05/2013 16:48: http://portallw.correiodopovo.com.br/Noticias/?Noticia=499325